segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Subjetividades

A sua frente um parque; árvores e bancos; crianças nos brinquedos; atrás de si a igreja da qual acabara de sair. Algo o intrigava: o padre falou sobre um lugar para onde as pessoas boas iriam depois da morte. Chamou-o paraíso, um lugar onde todos seriam felizes eternamente. Esse termo lhe pareceu, não desconhecido, mas vago... Porém aquilo o havia intrigado de tal forma que decidiu descobrir para onde iria após sua morte.
“Sou uma pessoa boa, vou para o paraíso,” – assim pensava a criança – “mas o que é o paraíso?”. E também pensou, como todas as crianças, que os pais saberiam lhe responder, afinal os pais sabem de tudo. De modo que foi ao encontro deles.
_Mãe! O que é o paraíso?
_Ah, o paraíso é um lugar lindo! É um jardim imenso, com flores, árvores e lagos onde todos estaremos vestidos de branco e viveremos eternamente em paz, sem guerras, fome, brigas nem nada disso.
_Mas não teria nada pra fazer?
_Como assim? É o paraíso! – Disse a mãe com tom de fim de conversa.
Não duvidou de sua mãe, mas ainda não havia compreendido. Resolveu perguntar ao seu primo mais velho.
_Primo, você sabe o que é o paraíso?
_Hump! O paraíso é um porre! Um bando de gente vestido de branco sentados em um jardim olhando a grama crescer, tédio total.
_Minha mãe disse que era perfeito.
_Pode ser pra ela, não pra mim. Prefiro ir para o inferno onde terá muita bebida, sexo e rock’n roll.
_Mas como você sabe que o inferno é assim?
_Não dizem que essas coisas são do diabo?
Embora a descrição do paraíso feita por seu primo fosse, em partes, semelhante à de sua mãe, axiologicamente era o seu oposto. O que era o paraíso afinal, a perfeição ou o tédio? Seria a perfeição um tédio?
Lembrou-se, então, que sua mãe adorava jardins, lagos e paz e que seu primo adorava o rock, bebida e, provavelmente, sexo. Percebeu que a descrição do inferno era, na verdade, o paraíso de seu primo. Percebeu que em seu paraíso haveria doces brincadeiras e vídeo game. Deu-se conta de que havia compreendido melhor do que sua mãe, seu primo ou qualquer outro o que é o paraíso.
Anos mais tarde seu filho lhe perguntou: “Pai, o que é o paraíso?” ao que lhe respondeu:
_O paraíso, meu filho, é uma questão pessoal.

10 comentários:

dominique.. disse...

akkkkkkkkkkkkkkkkkk adorei cara! e num é que é verdade!tadinha da criança...mas quando eu fazia esse tipo de pergunta pra minha mãe ela falava que eu estava com demônio...akkk em fim muito legal esse...

Ulynhazinha disse...

FATÃO! O meo paraíso é um mundo sem vc Shimoda ;p

Unknown disse...

Ah, esse é o paraíso de MUITA gente!! Mas jamais os deixarei em paz! hahah

P.S.: Seu mundo seria composto por milhões de pablinhos, né??

Ulynhazinha disse...

Perdi a esperança de ser feliz!

P.S.: E por que naum ?

Rafael Shimoda disse...

Desculpa, Uly, mas minha felicidade é te atazanar, então só um de nós dois pode ser feliz!! E esse sou eu ^^

P.S.: Nada contra, só queria saber se depois de sábado vc ainda negaria isso.

Ulynhazinha disse...

Vocêe é um tosco, no paraíso as pessoas deveriam ser altruístas...

P.S.: Naum, naum... jamais negaria :p

Rafael Shimoda disse...

Acho q vc esqueceu q o paraíso é uma questão PESSOAL!! Se vc qr pessoas altruístas no seu... Eu às acho por demais cansativas, tediantes, chatas...

Unknown disse...

hahahahahaha vcs se amam........kkkkkk

Rafael Shimoda disse...

Dominique está com ciúmes!

lálálálá

ThayLemoned disse...

>.< uaaaalaaaaaaaaa esse é o mais foda *.* . mew to impressionada o// *.*